Para: terça-feira, 13 de outubro de 2020
Texto: Hebreus 4.1-10
“Assim ainda fica para o povo de Deus um descanso, como o descanso de Deus no sétimo dia.” (Hb 4.9)
Em todo o Novo Testamento, quem mais fala sobre descanso é o autor da Carta aos Hebreus. Ele usa o termo descanso cerca de dez vezes, fazendo uma verdadeira “teologia do descanso”. O assunto aparece com destaque em Hebreus, capítulo 4.
O autor da Carta aos Hebreus sabe que “no sétimo dia Deus descansou de todo o trabalho que ele havia feito” (Hb 4.4). Mas, de modo todo especial, ele vê a caminhada do povo de Israel, no deserto, durante quarenta anos, como uma jornada rumo ao descanso. Só que houve um problema. E esse problema não foi o fato de essa entrada na Terra Prometida não ter sido um descanso de verdade. O problema foi que o povo não chegou lá. Por serem desobedientes, os israelitas “caíram mortos no deserto” (Hb 3.17).
Mas o plano de Deus não mudou. Agora é o povo cristão que está a caminho, rumo ao descanso de Deus. O fracasso de nossos antepassados, no deserto, serve de advertência. Se eles não puderam entrar no descanso “porque não tiveram fé” (Hb 3.19), “nós, os que cremos, recebemos o descanso” (Hb 4.3). Por isso, cabe “continuarmos firmes até o fim na confiança que temos tido desde o princípio” (Hb 3.14).
Não sei se você percebeu, por isso vou repetir: estamos a caminho do descanso por causa do trabalho de Jesus por nós. O primeiro dia depois da criação das primeiras pessoas, lá no Gênesis, foi um dia de descanso. Depois de criar Adão e Eva, Deus descansou. Eu sei: a vida se tornou difícil e não há como não trabalhar. Dizemos que o trabalho enobrece. Mas nada muda o fato de que nosso destino é o descanso de Deus, na presença de Deus. Santificar o dia do descanso, por meio de palavra de Deus e oração, é viver já agora um pouco desse descanso final.
Oremos: Senhor, obrigado pelo descanso que preparaste para nós, em Cristo. Amém.