Para: sexta-feira, 25 de setembro de 2020
Texto: Números 11.4-6, 10-16, 24-29
“Eles estavam com muita vontade de comer carne, e até mesmo os israelitas começaram a reclamar, dizendo: — Ah, se tivéssemos um pouco de carne para comer!” (Nm 11.4)
O bairro Santa Felicidade, em Curitiba, no estado do Paraná, é uma referência gastronômica muito importante. Devido à origem italiana, a maior parte dos restaurantes que ali se encontram oferece rodízio de massas acompanhado de polenta e frango frito à vontade. Os clientes que frequentam tais restaurantes justificam a sua preferência dizendo que gostam de variar o cardápio, ou seja, durante a semana comem o tradicional feijão com arroz e, no fim de semana, querem uma comida diferente.
O povo de Deus no Antigo Testamento também desejava um cardápio diferente: queria carne. “Eles estavam com muita vontade de comer carne, e até mesmo os israelitas começaram a reclamar, dizendo: — Ah, se tivéssemos um pouco de carne para comer!” (Nm 11.4). Eles estavam enjoados do maná que vinha do céu e com o qual se fazia pão. Lembremo-nos de que o povo havia sido milagrosamente liberto de um período de escravidão no Egito que durara 430 anos e peregrinava pelo deserto rumo à Terra Prometida. As atitudes esperadas de gratidão e confiança em Deus estavam ausentes na vida daquele povo murmurador que exigia mudança no cardápio. E quando a mudança aconteceu, o povo pegou as codornizes enviadas por Deus e as espalhou ao redor do acampamento para que secassem. Tinham, então, muita carne. A carne parecia ser mais importante que o próprio Deus. Essa inversão de valores foi duramente castigada.
Murmurar, infelizmente, também faz parte da nossa natureza pecaminosa e nos distancia de Deus. Sempre estamos descontentes com o que Deus nos providencia. Merecemos a ira divina. Deus, porém, enviou seu filho Jesus que, com sua morte e ressurreição, tornou-se o nosso Pão da vida. Quem nele confia jamais terá fome eternamente. Ele nos dá o perdão necessário para a nossa salvação eterna.
Oremos: Senhor, ajuda-me a reconhecer que tu és o provedor de tudo o que preciso para esta vida e para a eternidade. Amém.