Para: sexta-feira, 03 de junho de 2022
Texto: Números 11.24-30
“Eu gostaria que o Senhor desse o seu Espírito a todo o seu povo e fizesse com que todos fossem profetas!” (Nm 11.29)
A polarização entre direita e esquerda que tomou conta das discussões em nosso país se acentua em ano eleitoral. As mídias sociais ficam repletas de ofensas aos oponentes a ponto de não se esperar coisa boa num país tão dividido. Boa dose de tolerância não faria mal num contexto desses.
Se em questões políticas a falta de tolerância a outros grupos é nociva, isso é mais complicado nas questões religiosas. Certo dia, os discípulos de Jesus perderam a paciência com um concorrente religioso que estava realizando sinais em nome de Jesus e o proibiram porque não era do grupo deles. Então Jesus lhes ensinou a tolerância: “Não o proíbam, pois não há ninguém que faça milagres pelo poder do meu nome e logo depois seja capaz de falar mal de mim. Porque quem não é contra nós é por nós” (Mc 9.39-40).
Quando Moisés selecionou os setenta que Deus inspirou para serem seus ajudantes, Eldade e Medade, embora inscritos, não estavam entre eles. Mesmo assim, profetizaram. Josué se indignou e chamou Moisés para detê-los. Porém Moisés lhe disse: “Por que você está preocupado com os meus direitos, quando eu é que deveria estar? Eu gostaria que o Senhor desse o seu Espírito a todo o seu povo e fizesse com que todos fossem profetas” (Nm 11.29).
É necessário o exercício da boa leitura, da compreensão e da tolerância aos que não são do nosso grupo. As palavras de Moisés anteciparam o que se cumpriu no dia de Pentecostes, a festa em que o Espírito Santo desceu sobre os seguidores de Jesus. Estes, com entusiasmo, convidaram todos a crerem no Salvador Jesus e serem salvos. Essa boa notícia está se espalhando mundo a fora e, para espalhar a mensagem de salvação, a tolerância é muito importante.
Oremos: Senhor Jesus, ensina-me a distinguir o teu ensino dos ensinamentos errados e, ao mesmo tempo, a ser tolerante com quem não é do meu grupo. Amém.