Para: quarta-feira, 24 de setembro de 2025
Texto: Marcos 7.24-30
“Mas, senhor, — respondeu a mulher — até mesmo os cachorrinhos que ficam debaixo da mesa comem as migalhas de pão que as crianças deixam cair.” (Mc 7.28)
Na época de Jesus, havia um abismo quase que intransponível entre judeus e os povos vizinhos conhecidos como gentios. Dificilmente um judeu se relacionaria com um gentio. Mas Jesus era diferente.
A conversa entre Jesus e uma mulher gentia da região de Tiro e Sidom é surpreendente. Com a filha atormentada pelo mal, a única esperança dessa mulher era Jesus. Desprezando as divergências entre os povos, ela vai ao seu encontro com fé.
À primeira vista, a resposta de Jesus a essa mãe parece cair como um balde de água fria: “Deixe que os filhos comam primeiro. Não está certo tirar o pão dos filhos e jogá-lo para os cachorros” (Mc 7.27). Jesus parece desconsiderar sua necessidade. A verdade, porém, como fica evidente na continuação do texto, é que essa resposta de Jesus a conduz a um testemunho poderoso de fé: “Mas, senhor, — respondeu a mulher — até mesmo os cachorrinhos que ficam debaixo da mesa comem as migalhas de pão que as crianças deixam cair” (Mc 7.28).
Com humildade e fé, essa mãe aflita reconhece que não merece a misericórdia do Salvador do mundo, porém, sabe que se recebesse uma pequena porção da sua graça, tal qual migalhas caídas da mesa aos cachorrinhos, seria plenamente abençoada. Jesus, vendo a fé dessa mulher, voltou-se para ela e disse: “Por causa dessa resposta você pode voltar para casa; o demônio já saiu da sua filha” (Mc 7.29).
Esse relato evidencia o desejo de Deus de trazer todas as pessoas para o seu Reino. Mesmo sem merecer, somos alvos da sua misericórdia. A graça de Cristo é tão abundante que um pouquinho dela já é mais que suficiente para nós. Ainda assim, Deus nos serve dela de forma abundante, enchendo nosso cálice até transbordar. Confiemos sempre em seu amor com gratidão em nosso coração.
Oremos: Amado Pai, obrigado por tua maravilhosa graça por meio de Jesus. Amém.