Publicado em: 04 de outubro de 2025
Cortar a língua acaba com o mal?

Para: sábado, 04 de outubro de 2025

Texto: Tiago 3.1-12

“A língua é um fogo. Ela é um mundo de maldade.” (Tg 3.6)

Quando um órgão do corpo humano traz o mal para o restante do organismo, geralmente a medicina prescreve a sua remoção, a fim de garantir a saúde do restante do corpo. Tiago escreveu: “A língua é um fogo. Ela é um mundo de maldade” (Tg 3.6). Assim, num primeiro momento, diante do mal que a língua traz para nossa vida, não seria absurdo concluir que a solução seria cortar esse pequeno órgão capaz de tão grandes maldades.

No entanto, a língua não se move sozinha. Precisa de um impulso proveniente do nosso cérebro. Esse a fará proferir palavras que serão boas e canais de bênçãos, ou maldosas e canais de destruição. A língua, portanto, expressa aquilo que está presente em nós. Quando ela derrama um mundo de maldade, expõe o que existe dentro de nós, ou seja, a fonte de todo o mal, o pecado. Este, sim, produz tudo de ruim que praticamos, não apenas com a língua, mas também de outras maneiras. Caso cortássemos a língua, o pecado não seria eliminado e continuaríamos pecando mesmo sem poder falar. 

Continuaremos pecadores até a nossa morte, mas o pecado pode ser combatido. Quem o combate é aquele que já o derrotou: Jesus Cristo. Dele vem o poder para impedir que os impulsos para a maldade cheguem até a língua e a movimentem para soltar veneno em vez de bondade. Dele vem o perdão para o mundo de maldade que atingiu pessoas por causa de nossas palavras. Esse é o consolo que temos e, ao mesmo tempo, é também a garantia de que a nossa língua, comandada por Jesus Cristo, é capaz de derramar um mundo de bondade sobre o nosso próximo. Quando isso acontece, estendemos amor sobre as pessoas e fazemos a vontade do Senhor, que as ama com o mesmo amor que tem por nós.

Oremos: Senhor Jesus, rogamos que o teu poder conduza nossos pensamentos a fim de que nossa língua transmita bênção para quem nos rodeia. Amém.