Visto que Deus diz em Gênesis 1.28: “Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a terra”, pergunta-se: Pode um casal optar por não ter filhos? E o que dizer daqueles que não podem ter filhos, por infertilidade, por risco de doenças hereditárias ou por outros motivos médicos?

As palavras citadas em Gênesis não são uma ordem para ter filhos, mas expressam o dom da procriação que, nessa oportunidade, Deus concedeu às suas criaturas, homens e mulheres, a fim de perpetuar o gênero humano na face da terra. Portanto: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra”, não é um mandamento, mas uma benção. Por ela, Deus nos torna participantes do processo divino da criação. E isso é maravilhoso! Por isso mesmo é que o casal tem liberdade no que tange a ter filhos. Mas, essa liberdade cristã do casal não está em ele poder decidir não ter filhos por motivos egoístas, tais como: não gastar dinheiro e nem comprometer o orçamento, não ter trabalho, e não deformar o corpo ( da mulher ). A liberdade cristã do casal está em ele poder optar ter os filhos que a situação e as circunstâncias lhe permitem ter, e que ele pode sustentar, proteger, educar e abrigar de forma digna e humana. Em outras palavras, é errado não ter nenhum filho quando a situação permite ter, como é errado ter mais filhos do que se deveria ter, dadas as circunstâncias, ou quando os filhos, devido à situação dos pais, sejam obrigados a se marginalizarem e viverem na miséria. Os que não podem ter filhos por motivos alheios à sua vontade, podem, mesmo assim, cumprir os desígnios de Deus, adotando crianças que não têm pais.