Para: domingo, 28 de setembro de 2025
Texto: Marcos 7.31-37
“E naquele momento os ouvidos do homem se abriram, a sua língua se soltou, e ele começou a falar sem dificuldade.” (Mc 7.35)
Fonoaudiólogos explicam que as crianças, quando aprendem a falar, imitam os adultos à sua volta. Elas os escutam e depois tentam reproduzir os mesmos sons. Por isso, esses profissionais orientam para que não se fale de forma infantilizada com a criança, mas que as palavras sejam pronunciadas corretamente, sobretudo se há problemas de desenvolvimento da fala.
Ao aprendermos outra língua, um dos processos mais difíceis é pronunciar os sons diferentes. Precisaremos ouvir muito a língua estrangeira, para reconhecermos e conseguirmos repetir os fonemas desconhecidos. Além disso, ainda restará o sotaque, que nada mais é do que a incapacidade de pronunciar os fonemas estrangeiros em sua plenitude, como um nativo.
Esses dois exemplos atestam o caráter extraordinário da cura de um surdo, considerado mudo, realizada por Jesus. Certamente, aquele homem não conseguia falar porque jamais ouvira. No entanto, não apenas os impedimentos físicos são curados, mas também os processos cognitivos e motores da fala são produzidos e estabelecidos, de maneira que o texto bíblico diz: “E naquele momento os ouvidos do homem se abriram, a sua língua se soltou, e ele começou a falar sem dificuldade” (Mc 7.35).
Esse milagre de Jesus testifica: ele é o Messias prometido por Deus ao seu povo para restaurar a sua criação. Ele faz aquilo que jamais conseguiríamos fazer, não importa por quanto tempo tentássemos. Sua Palavra retira tudo aquilo que impedia o nosso coração e mente de crer. Seu Espírito nos ensina algo que jamais tínhamos ouvido e que passamos a falar com naturalidade: a linguagem da fé. Esta que nos leva a louvá-lo todos os dias, pois “tudo o que faz ele faz bem” (Mc 7.37).
Oremos: Obrigado, Senhor, por dares esperança para o teu povo. Concede-me compaixão para estender essa esperança aos que sofrem. Amém.