Quarta-feira, 29 de março de 2017
Leia Lucas 20.45-47
“O povo todo estava escutando, e Jesus disse aos discípulos: — Cuidado com os mestres da Lei” (Lc 20.45-46).
Jesus enfrentara todos os questionamentos, desafios e enigmas feitos por seus inimigos. E a reputação dele estava ainda mais em alta, mas seus inimigos haviam sido completamente humilhados. Nós poderíamos esperar que o gentil Jesus deixasse a situação “esfriar” um pouco para seus inimigos. Mas não. Dirigindo-se aos seus discípulos, ele fala suficientemente alto para todos ouvirem. E isso inclui a grande multidão de judeus que enche os pátios do Templo e também os escribas, mestres da Lei, que estão por perto. Eles certamente não gostaram de ouvi-lo dizer: “Cuidado com os escribas, os mestres da Lei”.
Os escribas, no início, eram simples copistas, fazendo trabalhosas cópias dos rolos do Antigo Testamento. E passaram a ser vistos como especialistas da Bíblia, mas, em sua ocupação haviam esquecido completamente a mensagem central da Escritura: a salvação dos pecados, da morte e do inferno através do Messias que viria. As pessoas os consideravam especialistas, e os fariseus baseavam a sua vida nas tradições e interpretações desses escribas.
Jesus revela quem eles são, alertando seus discípulos para que evitem seus falsos ensinos. Ele mostra como eles amam ser reconhecidos e honrados nas praças, sentando nos lugares de honra nas sinagogas e nos melhores lugares nos banquetes.
Eles devoram avidamente as casas das viúvas e disfarçam seu roubo com longas e elaboradas orações, para enganar e impressionar as massas ignorantes. No Dia do Julgamento, eles sofrerão uma punição severa por causa da maneira errada com que usaram a Palavra de Deus para seu próprio benefício egoísta.
Tendo sido envergonhados publicamente, mas ainda incapazes de colocar a multidão contra Jesus, os escribas ficam furiosos, procurando uma oportunidade para se vingarem. E essa oportunidade viria bem mais cedo do que eles imaginavam.
Oração: Senhor Jesus, facilmente eu caio nos mesmos pecados dos escribas, com meu orgulho, egoísmo e arrogância. Perdoa-me e ensina-me a viver em verdade e humildade. Eu oro em teu nome. Amém.
Mensagem da série “Da manjedoura ao túmulo vazio”. Período de Quaresma.