Como interpretar Eclesiastes 3.20-22: “Todos vão para o mesmo lugar; todos procedem do pó, e ao pó tornarão. Quem sabe que o fôlego de vida dos filhos dos homens se dirige para cima, e o dos animais para baixo, para a terra? Pelo que vi não haver coisa melhor do que alegrar-se o homem nas suas obras, porque essa é a sua recompensa; quem o fará voltar para ver o que será depois dele?”

Aqui o autor, o sábio rei Salomão, aponta para a semelhança na morte entre homens e animais, cujos corpos são consumidos pela terra. O “mesmo lugar”, pois, é a terra. É claro que para os cristãos essa semelhança é apenas aparente. Salomão está fazendo uma análise, pura e simples, do ponto de vista humano, através da qual ele mostra que a vaidade com o corpo é mera ilusão. Nós vemos, nas palavras de Salomão, que não é o corpo que nos distingue como filhos de Deus. Essas palavras nos mostram, também, que não precisamos ver a morte sob esse triste prisma. Nós a podemos ver através de Cristo. Se não fosse Cristo e a sua obra redentora, teríamos apenas o prisma da morte descrito pelo autor de Eclesiastes. Graças a Deus, porém, temos Cristo, e nele, a esperança da gloriosa vida eterna.